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Farmacêutico e tratamento do câncer de mama

O "Outubro Rosa" traz à tona o debate e a conscientização sobre o câncer de mama. Qual o papel do farmacêutico no campo oncológico e no combate à essa doença?


Por RAFAELA KOMAR

Farmacêutica oncológica - Centro de Combate ao Câncer

Especial para o BLOG DO CIM

A oncologia é a especialidade que se dedica ao estudo das neoplasias que são proliferações anormais de células denominadas como tumores (malignos ou benignos). Quando uma célula se replica de maneira descontrolada, desordenada e tem a capacidade de invadir outros tecidos, classifica-se como tumor maligno, também conhecido como câncer.


No UNIVERSO DA ONCOLOGIA, o farmacêutico faz parte da equipe multiprofissional e é fundamental para garantir a qualidade do atendimento ao paciente de forma integral e individualizada. Para atuar nesta área, conforme determina o Conselho Federal de Farmácia, deve-se ter titulação mínima comprovada. Esta exigência tem como objetivo zelar pela segurança do paciente; evitar erros de medicação, prescrição, dispensação e proporcionar à população profissionais mais capacitados. O FARMACÊUTICO pode intervir e contribuir, por exemplo, no tratamento do câncer de mama, assunto bastante comentado neste mês devido à campanha do OUTUBRO ROSA.


A linha de produção é apenas uma das VÁRIAS ATIVIDADES que podem ser desenvolvidas pelo farmacêutico. Também faz parte da sua função qualificar fornecedores, padronizar e gerenciar medicamentos, validar prescrições médicas, atuar na área clínica e nos cuidados paliativos. Algumas atividades, seguem as mesmas padronizações, outras vão se ramificando de acordo com as NECESSIDADES e condições clínicas do PACIENTE, linha de tratamento, protocolo, prognóstico e intercorrências devido a reações adversas ou toxicidade.

 
O campo de atuação do farmacêutico no tratamento de câncer de mama é muito amplo, pois a área oncológica se atualiza a todo momento
 

Para tratar o CÂNCER DE MAMA, um dos esquemas terapêuticos utilizados chama-se AC. Faz parte deste protocolo o medicamento vesicante DOXORRUBICINA, popularmente conhecido como quimioterapia vermelha. Este medicamento pertence ao grupo farmacológico das antraciclinas e pode ocasionar cardiotoxicidade irreversível, principalmente quando utilizado por um longo período e em altas doses, pois está relacionada a dose cumulativa. Pacientes com insuficiência hepática também devem ser monitorados, já que a dose da doxorrubicina deve ser reajustada de acordo com a bilirrubina sérica. Para tanto, o farmacêutico deve realizar o acompanhamento desses pacientes checando as provas de função cardíaca e hepática.


Outro exemplo de atuação do farmacêutico oncológico é na dispensação e orientação. A terapia antineoplásica VIA ORAL tem perspectivas de crescimento e está disponível para o tratamento do câncer de mana. A hormonioterapia via oral, como anastrozol, tamoxifeno e letrozol, também pode ser utilizada e tem maior acesso à população. Neste contexto o farmacêutico deve atuar na orientação quanto ao uso e armazenamento, realizar a reconciliação medicamentosa, informar sobre interações e monitorar os possíveis efeitos colaterais, assim como a ADESÃO AO TRATAMENTO.


É relevante salientar que o câncer de mama é um problema de saúde pública que acomete mulheres e, em menor incidência, homens. A orientação por profissionais da saúde e a detecção precoce da doença são as melhores formas de combatê-la. Para oferecer um atendimento de qualidade, o farmacêutico deve se manter atualizado, pois a área oncológica é foco de novos estudos científicos e está em PLENO CRESCIMENTO.

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