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EMAGRECER COM MEDICAMENTOS (E COM SEGURANÇA)

Utilização de medicamentos para tratamento de obesidade são cada vez mais frequentes na terapêutica e conhecer os possíveis efeitos colaterais torna-se fundamental.


Por BRUNA PEREIRA DA SILVA

Graduanda de Farmácia - 8º semestre

Universidade Anhembi-Morumbi


A obesidade é uma doença complexa e com múltiplos fatores que, geralmente, é iniciada ainda na infância e adolescência, podendo contribuir para o surgimento de outras enfermidades tais como hipertensão e diabetes. De acordo com pesquisas preditivas realizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), quase toda população europeia apresentará sobrepeso em 2040, indicando que a obesidade é um problema de saúde sério a ser enfrentado por todos os países do mundo.


As ferramentas mais usuais no combate à obesidade são a reeducação alimentar, prática de exercícios físicos, terapia farmacológica e em casos mais graves, a intervenção cirúrgica. O uso de medicamentos para emagrecer é muito comum, em especial entre as mulheres, sendo visto como uma maneira rápida e simples de atingir o peso desejado. Os remédios mais utilizados para emagrecimento são os inibidores de apetite, cuja ação aumenta os níveis de serotonina e catecolaminas, neurotransmissores envolvidos no estado emocional e apetite.


Além dos supressores de apetite, são administrados antidepressivos para o mesmo fim. Estes, apesar de serem indicados no tratamento de distúrbios depressivos, apresentam entre seus efeitos colaterais a redução de peso. Ainda nessa linha de tratamento, as estatinas, tal qual o Orlistat, aprovado em 1999 pelo FDA, são utilizadas para casos em que a obesidade vem acompanhada de um alto índice de triglicerídeos no sangue. A referida molécula age no organismo inibindo a enzima responsável por absorver moléculas de gordura no nosso intestino.


Com relação aos efeitos colaterais derivados do uso desses medicamentos, são observados sinais como insônia, taquicardia, ansiedade, boca seca, constipação, sudorese, aumento da pressão arterial, baixa absorção de vitaminas, diarreia gordurosa além de aumento dos riscos para problemas gastrointestinais e renais. Em casos onde se faz uso da anfetamina há o risco do desenvolvimento de dependência.

 
Métodos "milagrosos" para emagrecimento aliados ao tratamento medicamentoso podem potencializar os efeitos colaterais ao paciente.
 

Atualmente, é notável a propaganda massiva de vários métodos para emagrecer como dietas "milagrosas" e medicamentos ou suplementos naturais que auxiliam na queima de gordura excessiva. No entanto, muitas dessas abordagens são falhas e não possuem nenhuma eficácia científica comprovada. Além de não promoverem efeitos a longo prazo, a maioria destes recursos proporciona o efeito rebote, fazendo com que a pessoa retorne ao peso original ou até ganhe mais peso que inicialmente.


Os profissionais da saúde estão inclinados a sugerir aos seus pacientes que mantenham uma alimentação saudável e equilibrada, e que pratiquem atividades físicas regularmente. Apesar da facilidade e simplicidade, os medicamentos para emagrecer trazem riscos e efeitos colaterais que devem ser avaliados pelo médico e farmacêutico. É importante destacar que estes medicamentos podem ser utilizados, porém não devem ser considerados como a única opção viável, devendo ser utilizados com cautela e acompanhamento profissional além de estar em conjunto com outras práticas saudáveis. Portanto, se você pretende perder peso, consulte um nutricionista para avaliar sua alimentação, e um médico para prescrever um tratamento, caso seja necessário. Ao iniciar a prática medicamentosa, procure a orientação do farmacêutico para monitorar a evolução do tratamento.


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