Doença que afeta os ovários deve ser conhecida, prevenida e tratada racionalmente.
Por MARCELA HENRIQUE
Estudante de Farmácia - 7º semestre
Universidade Anhembi-Morumbi
O mês de março também conhecido como mês amarelo, é dedicado a conscientização da Endometriose. Trata-se de uma doença inflamatória provocada por células do endotélio (responsáveis por revestir a parte interna do útero) que no seu funcionamento normal são expelidas durante a menstruação. Porém, quando se movimentam no sentido oposto, indo em direção aos ovários, cavidades abdominais e intestino, se multiplicam e sangram, gerando o que conhecemos como endometriose.
Existem mulheres que não sentem os sintomas o que dificulta o diagnóstico, porém entre as mulheres que apresentam sintomas os mais comuns são:
• Dismenorreia, conhecida popularmente como cólicas menstruais, porém nesse caso são mais intensas. • Dor durante as relações sexuais; • Sangramento menstrual intenso ou irregular; • Alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação; • Dificuldade para engravidar e infertilidade.
As causas ainda não são totalmente conhecidas, mas a principal hipótese é que seja genética, comum entre parentes de primeiro grau (mães, irmãs e filhas) e esteja relacionada com alguma deficiência do sistema imunológico.
Por sua vez, o diagnóstico dessa doença é feito por meio de exames físicos como a ultrassonografia endovaginal, exames ginecológicos, laparoscopia, ressonância magnética e em casos mais avançados é possível diagnosticar por meio do exame de sangue avaliando o marcador tumoral CA-125, que é uma proteína natural do corpo que ajuda na detecção de canceres de ovário e endométrio.
Tratamentos com danazol e GnRH são efetivos, mas os possíveis efeitos colaterais devem ser considerados.
Para tratar a endometriose, são utilizados anti-inflamatórios não-esteroidais para aliviar a dor e medicamentos responsáveis para diminuir a atividade dos ovários, e assim retardar ao crescimento do tecido. Um exemplo é o Danazol, que tem como função inibir a liberação de óvulos, porém tem efeitos colaterais como ganho de peso e o desenvolvimento de características masculinas (aumento de pelos, engrossamento da voz etc.), limitando seu uso. Além disso, destaca-se a terapia com GnRH, que é um hormônio que interrompe o sinal cerebral responsável pela produção de hormônios como a progesterona e estrogênio. Efeitos colaterais mais recorrentes são: ondas de calor, alterações de humor, problemas articulares e ainda diminuição da lubrificação vaginal. Em último caso ou em casos moderados e graves, o tratamento é feito por meio de cirurgia de remoção do tecido ou ainda remoção do útero e dos ovários.
Não existe uma prevenção específica para a endometriose, mas existem práticas para melhorar a qualidade de vida de forma geral como:
Prática de exercícios físicos (quanto mais jovem começar melhor);
Alimentação saudável;
Diminuir o estresse;
Evitar consumo de álcool.
Manter em dia com as consultas e exames ginecológicos.
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