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CONHECENDO A DIABETES

O tratamento medicamentoso correto da diabetes requer o conhecimento de seus tipos e características. Confira!


Por BRUNA PEREIRA DA SILVA e LUIZA LUNARDI

Graduandas do Curso de Farmácia

Universidade Anhembi-Morumbi


O Dia Mundial da Diabetes, 14 de novembro, é a principal campanha de alcance mundial em prol da conscientização sobre esta doença e suas complicações. Aproximadamente, 13 milhões de brasileiros sofrem com a diabetes e estes números tendem a crescer cada vez mais, uma vez que, o excesso de peso está entre os fatores que predispõe o desenvolvimento desta doença, e os níveis de obesidade crescem ano após ano, conforme pesquisas preditivas da OMS.


A diabetes é uma doença crônica caracterizada pela produção insuficiente ou má utilização da insulina, hormônio responsável pelo metabolismo da glicose, que irá fornecer energia necessária que nosso corpo precisa. Por este motivo, não existe uma absorção adequada da glicose, resultando em altos níveis dessa molécula presentes no sangue. A hiperglicemia se manifesta através de alguns sintomas como sede excessiva, perda de peso, visão embaçada, excesso de urina, entre outros. Esta síndrome metabólica se divide em vários tipos com características distintas, que serão listados abaixo.


  • Diabetes Mellitus do tipo 1: Neste tipo, o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. Caracterizada como uma doença autoimune, as células beta são atacadas pelo sistema imunológico do paciente, resultando em uma diminuição da produção do hormônio. O tipo 1 geralmente surge na infância ou adolescência, no entanto adultos também podem ser diagnosticados com esta doença, mesmo que raro. Importante ressaltar que pacientes com este diagnóstico precisarão administrar insulina, sendo estes insulinodependentes.


  • Diabetes Mellitus do tipo 2: Esta doença afeta a forma como o organismo processa a glicose, pois não consegue utilizar a insulina de forma adequada ou a produz de forma insuficiente. Este tipo é mais comum, atingindo cerca de 90% dos diabéticos, e normalmente se manifesta em adultos. A depender da gravidade a doença pode ser controlada com exercícios físicos e planejamento alimentar, no entanto há casos onde é necessário a utilização de medicamentos e até mesmo de insulina.


  • Diabetes gestacional: Durante a gestação, a mulher sofre grandes mudanças hormonais necessárias para o desenvolvimento do feto. Alguns hormônios presentes na placenta reduzem a ação da insulina, fazendo com que o pâncreas produza mais insulina. No entanto, este processo pode não ocorrer com algumas mulheres, que irá apresentar a diabetes gestacional. Alguns fatores como idade avançada e peso excessivo (adquirido antes ou durante a gravidez) predispõe a mulher a desenvolver esta condição, que por sua vez, geralmente é controlada apenas com alimentação adequada. Após o parto, a diabetes pode ou não persistir.


  • Diabetes latente autoimune do adulto (LADA): Menos conhecida, este tipo de diabetes se assemelha tanto a DM1 quanto a DM2, tornando o diagnóstico lento e difícil. Desenvolve-se somente em adultos e tem como principal característica a destruição das células beta pelo sistema imunológico. Esta doença se desenvolve de maneira lenta, permitindo que o paciente seja tratando, inicialmente, com medicamentos orais. No entanto, com o passar do tempo o paciente torna-se insulinodependente, necessitando da administração diária do hormônio para manutenção das taxas de glicose no sangue. Este tipo se manifesta, geralmente, em adultos de 25 a 40 anos e para confirmar seu diagnóstico é necessário fazer o exame de anticorpos anti-células beta.


  • Diabetes juvenil de início tardio (MODY): Subtipo da diabetes mellitus, esta doença é caracterizada por sua manifestação antes dos 25 anos de idade e com transmissão autossômica dominante (quando um dos pais é portador do gene que contém a mutação necessária para desenvolvimento da doença). Neste tipo, pelo menos três gerações da família manifestam a doença e esta pode ser confundida com a DM1 e DM2. A diferença básica entre a MODY e a DM1 está na administração de insulina, que não se faz necessária na doença em questão. Enquanto que a diferença entre a MODY e a DM2 se deve ao fato de que os pacientes diagnosticados com MODY não apresentam outras condições relacionadas com a DM2 como por exemplo, hipertensão e dislipidemia. Atualmente, são reconhecidos 10 subtipos de MODY e as formas mais comuns são controladas com alimentação equilibrada e medicamentos.


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