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O MUNDO DOS ANTICONCEPCIONAIS

Com o aumento da utilização desses medicamentos, é necessário conhecer os diferentes tipos, bem como suas possíveis contraindicações.


Por LUIZA NOVAES

Estudante de Farmácia - 8º semestre

Universidade Anhembi-Morumbi


Reproductive Health Supplies Co. / Unsplash

As pílulas anticoncepcionais são medicamentos constituídos por hormônios sintéticos que, de forma geral, promovem inibição da ovulação, alteração das características do revestimento do endométrio e o espessamento do muco cervical, para dificultar a passagem dos espermatozoides em direção ao útero e evitar a fecundação. Apesar de serem amplamente utilizadas para prevenção de gravidez, também ajudam a controlar os sintomas de TPM, regularizar o ciclo menstrual e aliviar os sintomas da manifestação de algumas doenças, como endometriose por exemplo.


Os dois principais tipos são a pílula combinada e a pílula de progesterona. As combinadas são aquelas que contêm estrogênio e progestagênio na composição, podendo ser subdivididas em monofásicas, bifásicas e trifásicas. As monofásicas possuem a mesma composição e a dose dos hormônios é constante ao longo de toda a cartela. No caso das bifásicas, a cartela é constituída por dois tipos de pílulas contendo os mesmos hormônios, porém em diferentes proporções. O mesmo ocorre para as trifásicas, que apresentam três tipos de pílulas com a mesma composição hormonal, em doses distintas. Por fim, a pílula de progesterona, também conhecida como minipílula, contém apenas progestagênio, sendo uma alternativa para mulheres que possuem contraindicação quanto ao uso de estrogênios.


Apesar da grande diversidade de opções, ainda existem muitas dúvidas e controvérsias relacionadas às contraindicações, efeitos colaterais e principalmente eficácia de cada uma delas. Além disso, queixas comuns como diminuição da libido, alteração do peso, sensação de inchaço, ou ainda alguns temores, como risco de infertilidade ou trombose, fazem com que muitas mulheres abandonem o tratamento ou realizem a troca do medicamento sem a devida orientação. No entanto, uma vez que os diferentes tipos de anticoncepcionais possuem indicações específicas, é importante ressaltar que a escolha do medicamento e da dosagem adequada deve ser feita por um(a) ginecologista com acompanhamento do farmacêutico, após a realização de exames e avaliação do histórico clínico e familiar da paciente, para identificação de possíveis fatores de risco e contraindicações de uso.

 
A escolha do anticoncepcional deve ser feita pelo médico com acompanhamento do farmacêutico, de acordo com as características do paciente.
 

Após o início do tratamento, o uso deve ser feito de acordo com o que foi recomendado, sendo assim, não é aconselhável parar de tomar abruptamente para o organismo “respirar” e retornar após um certo período diversas vezes, pois além de provocar desequilíbrios hormonais e desencadear efeitos indesejados, é uma das causas mais frequentes de gravidez não planejada.


Para reduzir as chances de falha, fatores como a ingestão em horário regular e atenção às possíveis interações com outros medicamentos devem ser levados em consideração, principalmente antibióticos e anticonvulsivantes. Sendo assim, antes do uso ou após o início, é importante relatar ao médico todos os tratamentos realizados atualmente e consultar a bula dos medicamentos para verificar as informações a respeito das interações.


Além disso, é importante ressaltar que a pílula não previne infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), portanto não dispensa o uso do preservativo!!!



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