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IDENTIFICANDO, TRATANDO E PREVENINDO A TUBERCULOSE

Em 2020, o Brasil registrou mais de 66 mil casos da doença, com cerca de 4.500 mortes. Co-infecção com HIV agrava o quadro de sintomas.


Por LARISSA MATOS

Estudante de Farmácia - 7º semestre

Universidade Anhembi-Morumbi


A Tuberculose é uma enfermidade causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch e acomete principalmente os pulmões, porém pode afetar outros órgãos também, principalmente em pacientes com HIV, que possuem um sistema imunológico mais frágil. A transmissão da doença pode ocorrer de forma aérea, ou seja, de pessoa para pessoa, ao inspirar gotículas contaminadas liberadas através da fala, espirro ou tosse. Porém essa transmissão só acontecerá caso o paciente obter comprometimento dos pulmões em até 15 dias do decorrer do tratamento. Os principais sintomas relatados são tosse seca intensa, fadiga, perda de apetite e de peso, além dos escarros de sangue que podem vir a ocorrer em fases mais avançadas da doença.


Para realizar o diagnóstico da Tuberculose, são feitos os seguintes exames para o caso Intrapulmonar:

  • Raio-X do tórax;

  • Pesquisa de BAAR (Bacilo Álcool-Ácido Resistente), para verificar/identificar o bacilo da tuberculose;

Por outro lado, para identificar a tuberculose Extrapulmonar, são feitos os diagnósticos:

  • Biópsia do tecido afetado;

  • Teste de PPD ou Mantoux (identificar a presença de infecção pela Mycobacterium tuberculosis, de forma cutânea).

Testes gerais para os diagnósticos Intrapulmonar ou Extrapulmonar são os bacteriológicos, sendo eles:

  • Teste rápido molecular para tuberculose;

  • Baciloscopia;

  • Cultura para micobactéria.

Caso não seja possível comprovar a doença através dos exames laboratoriais, é realizado diagnóstico clínico, onde são associados sintomas e sinais, em conjunto com exames complementares (histológicos e de imagem).

 
Todo o tratamento da tuberculose é provida pelo SUS e leva bastante tempo, o que exige adesão do paciente.
 

O tratamento é provido de forma gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS), que perdura, no mínimo, 6 meses, podendo se estender até 2 anos, caso a tuberculose seja multirresistente ou caso o tratamento não seja seguido de forma correta, e para que isso não aconteça, o profissional da saúde deve informar ao paciente que tome os remédios todos os dias, no mesmo horário. O tratamento, deve ser feito, de forma preferencial, na forma de Tratamento Diretamente Observado (TDO), onde um profissional da saúde irá monitorar de perto o tratamento do paciente.

O tratamento consiste na ingestão de combinação de 4 medicamentos tuberculostáticos (antibióticos):

  • Rifampicina;

  • Isoniazida;

  • Pirazinamida;

  • Etambutol;

Não podem ser utilizados individualmente, pois não terão muito efeito sobre o paciente, porém ao serem utilizados concomitantemente, impedem a proliferação dessas bactérias no organismo, pois afetam o metabolismo delas, impedindo-as de se multiplicarem, levando a morte desses microorganismos.

Vale ressaltar que nos 15 primeiros dias de tratamento, a paciente precisa ficar isolada, devido a possibilidade de ainda poder transmitir o bacilo da tuberculose para outros indivíduos. Ao passar deste tempo, poderá retornar a sua rotina normal, e continuar a usar os medicamentos até sua total cura.

Atualmente, a principal forma de prevenir o contágio com a doença, é tomando a vacina com BCG (bacilo Calmette-Guérin), uma vez que a mesma no Brasil, é ofertada de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A vacina deve ser aplicada às crianças recém-nascidas, ou, no máximo, até os quatro anos, 11 meses e 29 dias. Outra forma de prevenir a doença, é manter os ambientes com uma boa entrada de luz solar, como também bem-ventilados, evitar aglomerações e ao espirrar e tossir, proteger a boca ou com um lenço ou com o antebraço.






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