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EFEITOS ADVERSOS DE ANTICONCEPCIONAIS

Ausência de acompanhamento médico e farmacêutico, bem como irregularidades na administração podem tornar os anticoncepcionais nocivos à saúde da mulher.


Por CAROLINE BICOUV

Estudante de Farmácia - 8º semestre

Universidade Anhembi-Morumbi


Os contraceptivos orais surgiram no Brasil na década de 60 e desde então são bastante utilizados sobretudo para prevenção da gravidez, uma vez que são capazes de impedir a ovulação. Com o passar dos anos, inúmeras suspeitas e relatos a respeito dos efeitos adversos causados por estes medicamentos começaram a surgir, principalmente relacionados ao risco de doenças cardiovasculares, elevando consideravelmente o número de mulheres que abandonaram este tipo de método contraceptivo. Mas, o que o uso frequente destes medicamentos pode realmente causar no nosso organismo? Antes de tudo, é importante conhecermos os 2 tipos de contraceptivos orais: as pílulas combinadas e as pílulas contendo apenas progesterona.


As pílulas combinadas possuem uma progesterona e um estrógeno e são tomadas por 21 dias consecutivos com um intervalo de 7 dias. Essas pílulas são bastante utilizadas atualmente e os efeitos adversos graves não são comuns. Apesar disso, não estão isentas de causar efeitos adversos leves a moderados, como: ganho de peso, retenção de líquidos, náusea, tontura, rubor, depressão, mudança de humor, acne, aumento da pigmentação da pele, amenorreia e sensibilidade das mamas. Outro efeito adverso bastante observado nas pílulas combinadas, é aumento da pressão arterial principalmente no início do tratamento, ocasionando na substituição destas pelas pílulas sem estrógenos.


Os riscos cardiovasculares, como tromboembolia venosa, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, bastante relacionados às pílulas combinadas, estão associados a concentração de estrógenos, como o etinilestradiol que causa efeitos pró-coagulantes leves. Além disso, alguns fatores adicionais como idade superior a 35 anos e hábito de fumar levam a um risco maior de tromboembolismo em pacientes que fazem uso contínuo deste medicamento. Em geral, as pílulas combinadas de segunda geração apresentam uma menor incidência de doenças cardiovasculares por possuírem concentração de estrógeno inferior a 50 mcg, o que as tornam mais seguras e com menor ocorrência de efeitos colaterais.

 
Alguns efeitos adversos podem ser potencializados devido a fatores adicionais, como tabagismo.
 

Já as pílulas que contém apenas progesterona, chamadas de minipílulas, são bem menos potentes e devem ser tomadas continuamente, sem intervalos. Esse tipo de pílula é utilizado com uma maior frequência em mulheres com restrições aos estrógenos relacionadas ao aumento da pressão arterial principalmente. Por apresentam efeitos progestagênicos, tanto as pílulas combinadas quando as pílulas isoladas podem ainda elevar os níveis de colesterol LDL e diminuir os de HDL. Entretanto, os efeitos adversos da pílula de progesterona isolada são pouco relatados e em geral não estão relacionados ao desenvolvimento de doenças malignas.


Apesar dos efeitos adversos, os dois tipos de pílulas apresentam benefícios que vão além da contracepção, sendo destacados: redução do volume e duração da menstruação; diminuição das dores e desconfortos pré-menstruais e redução do risco de câncer de ovário e acne, além de regulação do ciclo menstrual.


Agora que você já conhece um pouco mais sobre os efeitos adversos dos anticoncepcionais, não se esqueça de compartilhar nas redes sociais e acompanhar as publicações do nosso blog do CIM!


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