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O QUE TEM NA CORONAVAC?

Atualizado: 1 de fev. de 2021

Vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac contém a forma inativa do SarsCOV-2, além de outros componentes.


Por LEANDRO GIORGETTI

Docente do Curso de Farmácia

Universidade Anhembi-Morumbi


A campanha de vacinação contra a COVID-19, ainda que tímida, completa uma semana. Enquanto o Brasil aguarda por mais doses de vacinas - cerca de 12 milhões foram liberadas para uso emergencial pela ANVISA ao longo de uma semana - é fundamental que entendamos que produtos são esses, vista a cobertura proporcionada pela mídia e a disseminação de informações, algumas delas inverídicas. A partir desta semana, o BLOG do CIM traz o que é necessário para que você entenda as vacinas contra a COVID-19 aprovadas para uso no Brasil.


A Coronavac, imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan (SP) em parceria com o laboratório chinês Sinovac, tem ganhado muita relevância. Foi a primeira vacina a chegar em solo brasileiro durante a pandemia e, até o presente momento, corresponde a mais de 80% das doses de imunizante disponíveis para a população brasileira. Entretanto, nos últimos dias, tem sido possível notar um debate acalorado nas mídias sociais sobre a composição do produto e sua real eficácia.


A bula recentemente publicada diz que a Coronavac é uma suspensão injetável para aplicação intramuscular e que cada frasco de 0,5 mL contém 600 SU do antígeno do vírus inativado SarsCOV-2. Isso significa que o produto possui fragmentos do agente causador da doença, inativados por substâncias químicas ou até mesmo calor, que são incapazes de gerar quaisquer sintomas ligados à síndrome respiratória causada pelo coronavírus. Tais fragmentos, quando em quantidade suficiente no organismo, estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos específicos, que voltam a ser produzidos quando o paciente é de fato exposto ao vírus.


Esse mecanismo é idêntico ao de outras vacinas, como a da poliomielite injetável, hepatite A, gripe e raiva, que são muito tradicionais no calendário de imunização do Brasil e cujas campanhas são reconhecidas no mundo todo. Dessa forma, com relação ao insumo farmacêutico ativo da Coronavac, não há preocupações com relação a possíveis reações, uma vez que ele está completamente inativado.

 
A Coronavac contém excipientes inertes e amplamente seguros, utilizados em muitas outras vacinas.
 

Além do componente principal, o produto contém ainda, de acordo com a bula: hidróxido de alumínio, hidrogenofosfato dissódico, di-hidrogenofosfato de sódio, cloreto de sódio, água para injetáveis e hidróxido de sódio. Tratam-se de excipientes amplamente utilizados em quaisquer formulações de vacinas disponíveis no mercado e, portanto, não trazem absolutamente nenhum risco para o paciente.


Uma vez entendida a composição da vacina e como ela funciona no nosso organismo, é preciso entender a sua eficácia. Será que absolutamente todos que se vacinarem estão livres de pegarem a doença? E se pegarem, podem desenvolver os sintomas graves, como lesão pulmonar grave que pode levar à intubação? Isso é assunto para o nosso próximo post.


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